NOTÍCIAS
29 DE MARçO DE 2023
Vencedores do XIII Prêmio Conciliar é Legal são agraciados pelo CNJ
As boas práticas e a produtividade em mediação judicial e conciliação vencedoras do XIII Prêmio Conciliar é Legal receberam o reconhecimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), durante cerimônia nesta terça-feira (28/3). O prêmio é um instrumento de reconhecimento de iniciativas autocompositivas que contribuem para a efetiva pacificação de conflitos, o aprimoramento e a eficiência do Poder Judiciário.
Segundo a presidente do CNJ, ministra Rosa Weber, a longevidade da Semana Nacional de Conciliação – que completa 18 anos em 2023 -, somada à premiação Conciliar é Legal, evidencia a priorização dada pelo CNJ a soluções que buscam a paz social e o decréscimo da litigiosidade e de seus índices. A ministra destacou que o empenho dos tribunais e suas equipes contribui para que se construa e se fortaleça fortalecimento de um Poder Judiciário mais sensível, empático, criativo, inclusivo, eficiente e célere.
O presidente da Comissão Permanente de Solução Adequada de Conflitos do CNJ, conselheiro Marcos Vinícius Jardim, destacou que as práticas autocompositivas, além de incentivarem a efetividade processual e o princípio da eficácia, funcionam como um dos nortes do CNJ. “É um instrumento muito importante de pacificação social e a criação de uma cultura de paz na sociedade brasileira. O Prêmio, nesse sentido, além de preservar e enaltecer a efetividade e a duração razoável do processo, também passa a ser um instrumento inclusivo”.
Para o conselheiro, o projeto que recebeu menção honrosa na categoria “Mediação e Conciliação Extrajudicial” – Mediação Feita por Cegos -, que capacitou mais de 100 pessoas cegas como mediadoras de conciliação, é um exemplo de prática que pode ser replicada em todo o país e, inclusive, internacionalmente. Iniciada em Salvador, a ação foi expandida para a África. “Temos notícia de que mais de uma centena de pessoas com deficiência visual já foram capacitados e, nas mediações por elas realizadas, houve um índice de 90% nos acordos”, destacou Marcos Vinícius.
Na análise das práticas inscritas foram consideradas a eficiência; restauração das relações sociais; a criatividade; a replicabilidade; o alcance social; a desburocratização; a efetividade; a satisfação do usuário; a ausência ou baixo custo para implementação da prática; e a inovação.
No eixo Boas Práticas, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi um dos vencedores, com a iniciativa “Conciliação em Domicílio”. A partir da atuação do Oficial de Justiça, que pode contribuir para que as partes firmem o acordo, sem precisar ir ao fórum, a prática tem respaldo no Código de Processo Civil. De janeiro de 2021 a março de 2022, foram fechados e homologados 71 acordos mediados por oficiais de justiça do TJMG.
Na categoria “Ensino Superior” o vencedor foi o Polo Avançado do Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (NPJ/UEPG), com um projeto que preparava as partes para a sessão de mediação. As sessões informativas preparatórias eram feitas por videoconferência, uma semana antes da sessão de mediação pré-processual. Como resultado, houve uma redução na ausência dos solicitados às sessões e um aumento do número de acordos. Além disso, o CEJUSC realizou uma pesquisa de satisfação com os usuários. Os dados mostraram que, depois de participar da sessão preparatória, as pessoas chegaram às sessões com entendimento do que aconteceria e quais eram seus direitos, o que propiciou a retomada do diálogo e possibilidade de acordo.
Na categoria “Instrutores de Mediadores e Conciliadores”, as vencedoras foram as juízas Déa Marisa Brandão Cubel Yule e Beatriz Maki Shinzato Capucho, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com a prática “Café com Cejusc”. O projeto realizar encontros pedagógicos com a advocacia trabalhista, com uma proposta de trabalho colaborativo e cooperativo em busca de soluções de consenso e da utilização dos métodos autocompositivos.
Também venceram a Câmara de Conciliação em Superendividamento da Defensoria Pública do Pará, na categoria “mediação e conciliação extrajudicial”; e a Comissão de Conflitos Fundiários, idealizada por magistrados do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na categoria “Demandas Complexas ou Coletivas”. Receberam menção honrosa os projetos “Mediação Feita por Cegos”; “Mediação Ambiental Multicultural –Quilombolas”; e “Rapajador”.
Confira a lista completa dos vencedores do XIII Prêmio Conciliar é Legal
Produtividade
No eixo Produtividade, os tribunais são ranqueados a partir de dados de desempenho na realização de conciliações, que demonstram a consolidação da Política Judiciária Nacional de Tratamento dos Conflitos em cada ramo de Justiça. Os tribunais estaduais, federais e trabalhistas que alcançam o Índice de Composição de Conflitos (ICoC) mais elevado dentro de seu segmento de Justiça são considerados os vencedores.
Nesta edição, foram vencedores o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJAL), com 65,15% do ICoC; o Tribunal Regional da Primeira Região (TRF1), 54,68%; e o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT22 – Piauí), com 62,02%. O TRT14 (Acre/Rondônia) recebeu menção honrosa por sua atuação na Semana Nacional da Conciliação, com 69,27% do ICoC.
O Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) analisou os dados registrados na Base Nacional de Dados Processuais do Poder Judiciário (DataJud) e as informações encaminhadas pelos tribunais via formulário eletrônico. As informações deveriam comprovar a consolidação da Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos em cada ramo da Justiça, tendo como marco temporal os 12 meses que precederam a Semana da Conciliação, realizada de 7 a 11 de novembro de 2022.
De acordo com o Painel do Prêmio, na Justiça Estadual, os Cejuscs receberam 677.481 processos e procedimentos pré-processuais e realizaram 256.101 audiências de conciliação. Na Justiça Federal, foram mais de 100 mil processos e mais de 13.600 audiências. Já na Justiça Trabalhista, os Cejuscs receberam um total de 314.883 processos e realizaram 187.684 audiências no período de novembro de 2021 a outubro de 2022.
Texto: Lenir Camimura
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post Vencedores do XIII Prêmio Conciliar é Legal são agraciados pelo CNJ appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
28 DE MARçO DE 2023
Artigo – Proposta de prevenção de danos e efetividade de acesso à legítima: anotação dos filhos no registro de nascimento dos pais – Por Raquel Helena Valesi
Nossa Constituição Federal condiciona proteção jurídica à família não importando o modelo do qual ela se...
Anoreg RS
28 DE MARçO DE 2023
Alterado Provimento que dispõe sobre a instituição e funcionamento da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB
Altera o Provimento nº 39, de 25 de julho de 2014, que dispõe sobre a instituição e funcionamento da Central...
Anoreg RS
28 DE MARçO DE 2023
XIV Encontro Notarial e Registral do RS promove oficinas práticas sobre as centrais eletrônicas
As inscrições estão disponíveis no site www.encontronotarialeregistral.com.br, com os valores do 2º lote.
Portal CNJ
27 DE MARçO DE 2023
Prêmio Conciliar é Legal será entregue durante 4.ª Sessão Ordinária, na terça (28/3)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realiza, na terça-feira (28/3), a partir das 9h30, a 4.ª Sessão Ordinária...
Portal CNJ
27 DE MARçO DE 2023
Tribunal paranaense adere ao Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial
No “Dia Internacional contra a Discriminação Racial”, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR)...