NOTÍCIAS
03 DE ABRIL DE 2023
Tribunal do Rio promove evento sobre Justiça Restaurativa
Como avançar com a Justiça Restaurativa? Como a ética deve permear as práticas restaurativas e como sustentá-la em tempos de urgência e esgarçamento de instituições e ambiências democráticas? Para responder essas e outras questões, a Escola de Mediação promoveu nesta sexta-feira, 31 de março, o evento “Justiça Restaurativa em tempos estranhos”, com palestras do juiz Egberto de Almeida Penido, titular da 1ª Vara de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e da advogada Célia Passos, diretora fundadora do Instituto de Soluções Avançadas (ISA-ADRS).
Participaram do encontro no auditório Antônio Carlos Amorim, no Fórum Central do TJRJ, o desembargador Cesar Cury, diretor da Escola de Mediação (EMEDI) e presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC); o juiz André Tredinnick, coordenador adjunto do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Justiça Restaurativa da Leopoldina; e a juíza Vanessa Cavalieri, titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude da Capital e coordenadora do CEJUSC de Justiça Restaurativa da Infância, Juventude e Idoso da Capital.
O desembargador Cesar Cury destacou a importância da formação para a execução dos projetos: “A EMEDI terá uma formação permanente, com um setor e uma coordenação exclusivos para a Justiça Restaurativa. E a partir daí teremos um fórum de discussão interna para estabelecer uma linha de atuação institucional da Justiça Restaurativa no Rio em rede. Eu tenho uma predileção especial pela relação entre o Tribunal e as escolas de ensinos fundamental e médio. Para mim esse é um projeto fundamental, porque é estrutural para a sociedade”.
“Todos acompanharam as notícias sobre os massacres em escolas, inclusive no Rio. O momento favoreceu que houvesse vontade política e estamos iniciando um protocolo de prevenção à violência nas escolas com o apoio da Secretaria de Educação, focado na prevenção de futuros ataques. Esperamos mudar essa cultura de violência”, ressaltou a juíza Vanessa Cavalieri ao falar sobre a importância das práticas restaurativas.
Palestras
O juiz Egberto Penido falou sobre a experiência de São Paulo e ressaltou que a Justiça Restaurativa traz uma proposta inovadora, libertária e democrática. “Estamos num momento desafiante. É preciso saber como vamos lidar com situações de intolerância, de esgarçamento social, de violência, sem exacerbar a intolerância e sem agravar o esgarçamento social”, disse.
“O segredo está no coração. É manter a nossa conexão com nós mesmos. Para isso precisamos de técnica, uma escuta empática, saber como se estabelece um diálogo com o outro, entendendo que não será através da ameaça, do castigo, do constrangimento, da vergonha que as pessoas vão fazer o certo, completou o juiz de São Paulo.”
A palestrante Célia Passos destacou a importância do resgate do diálogo: “Nós estamos num momento de convivência humana com muito conflito, muita polarização. Estamos resgatando, por meio da Justiça Restaurativa essa qualidade de presença e de diálogo. Nunca foi tão necessário dialogar em vez de debater, e nunca foi tão necessário mantermos a percepção da dimensão humana, olhar para o ouro como um ser humano igual e atender às necessidades dessa pessoa”.
“Nós precisamos viver a ética. A ética não é para discurso, é para pensar e agir. E a Justiça Restaurativa, se for sintetizada em uma frase, é a ética do cuidado aplicado à vida cotidiana”, concluiu a advogada.
O evento contou com o apoio do NUPEMEC e da Escola de Administração Judiciária (ESAJ).
The post Tribunal do Rio promove evento sobre Justiça Restaurativa appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
15 DE MARçO DE 2023
Anoreg/BR conversa com especialistas sobre as Estatísticas de Registro Civil do IBGE
Em 2021, segundo ano da pandemia de Covid-19, o número de mortes teve um salto e bateu recorde no Brasil, enquanto...
Anoreg RS
15 DE MARçO DE 2023
Pesquisa Pronta traz teoria do fato consumado e execução de verba por herdeiros de impetrante falecido
A página da Pesquisa Pronta divulgou dois entendimentos do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Anoreg RS
15 DE MARçO DE 2023
Artigo – Parto em segredo: Um procedimento aprimorado pela resolução 485/2023 do CNJ – Por Patrícia Lichs Cunha Silva de Almeida E Izaías G. Ferro Júnior
Consigna-se, em relação a temática do "Parto em segredo", o debate insurge pontuais conflitos de direitos que...
Portal CNJ
14 DE MARçO DE 2023
Projeto da justiça mineira em prol do Povo Maxakali é reconhecido internacionalmente
O projeto Cidadania, Democracia e Justiça ao Povo Maxakali, em desenvolvimento há três anos na comarca de Águas...
Portal CNJ
14 DE MARçO DE 2023
Corregedoria Nacional assina acordo para nacionalizar programa de emprego para jovens acolhidos
Contribuir para a construção da autonomia de jovens acolhidos por meio do encaminhamento a vagas de trabalho: essa...