NOTÍCIAS
21 DE JULHO DE 2023
Presidente do STF e do CNJ visita povo yanomami na Aldeia Maturacá, no Amazonas
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, esteve nesta quinta-feira (20/7) na Aldeia Maturacá, do povo yanomami, em São Gabriel da Cachoeira (AM). A visita ocorreu em meio à agenda da ministra no Amazonas para lançamento da primeira Constituição traduzida em uma língua indígena, o nheengatu, conhecida como o tupi moderno.
Integraram a comitiva a ministra do Supremo e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia; a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana. Também participaram os professores Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional e integrante da Academia Brasileira de Letras, e José Ribamar Bessa Freire, ambos especializados na temática indígena.
A Aldeia Maturacá é cercada pelo Rio Cauaburis e fica em local de difícil acesso, a 80 km de carro da cidade, mais 140 km pelo rio. Considerando também a Aldeia Ariabu, que fica no mesmo local, são 1,5 mil indígenas.
A visita começou com uma dança cultural de recepção de autoridades. Primeiro, os homens fizeram a dança. Depois, as mulheres.
Após as apresentações, a ministra Rosa Weber explicou que o objetivo da visita foi ouvir os integrantes do povo yanomami. “Vim trazer o respeito do Supremo Tribunal Federal ao povo yanomami. Queremos ouvir vocês.”
Em seguida, a ministra Cármen Lúcia também afirmou que, assim como a comitiva estava sendo bem recebida na aldeia, Brasília também acolheria os indígenas. “A Praça dos Três Poderes está aberta a todos vocês.”
Em sua fala, o líder yanomami José Mario Pereira Góes, presidente da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca), pediu ajuda das instituições para proteção das terras e dos povos originários. “Queremos ter vida, queremos ser livres. Não queremos destruição. Queremos ter saúde de qualidade”, enfatizou. “Nossos irmãos estão morrendo e não estão tendo assistência como deveriam ter. Que o Supremo Tribunal Federal colabore com a defesa do nosso território.”
A indígena Professora Carlinha Santos, da Associação das Mulheres Yanomami Kumirayoma, pediu um olhar das ministras presentes para as mulheres indígenas. “Eu quero um olhar de vocês. Não é pedido, é direito nosso. Nós mulheres somos quem mais sofremos.”
As ministras receberam documentos com reivindicações dos povos e foram batizadas com nomes escolhidos pelos indígenas. A ministra Rosa Weber foi chamada de Xororima Yanomami, nome que significa andorinha. Já a ministra Cármen Lúcia foi chamada de Maiama Yanomami, que representa mulher guerreira. Em visita à Aldeia Paraná, em março, a presidente do STF já havia sido batizada de Raminah Kanamari.
Texto: Secretaria de Comunicação do Supremo Tribunal Federal
The post Presidente do STF e do CNJ visita povo yanomami na Aldeia Maturacá, no Amazonas appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
13 DE JULHO DE 2023
Pacto pela Primeira Infância reforça articulação interfederativa para garantir de direitos
A união em favor da criança ganha força e maior potencial transformador quando a atuação é coordenada,...
Portal CNJ
13 DE JULHO DE 2023
Justiça Federal da 6ª Região discute em seminário impactos da Reforma Tributária
O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), por meio de sua Escola de Magistratura e Revista, realizou um...
Portal CNJ
13 DE JULHO DE 2023
Vara da Justiça Itinerante de Roraima inicia calendário de atendimentos do 2º semestre
O calendário de ações da Vara da Justiça Itinerante, para o segundo semestre de 2023 começa a ser executado...
Portal CNJ
13 DE JULHO DE 2023
Tribunal baiano leva serviços eleitorais e ações de cidadania ao município de Banzaê
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) chegou, nesta quarta (12/7), ao município de Banzaê para...
Portal CNJ
13 DE JULHO DE 2023
Corregedoria de Justiça do Amazonas prepara ação de conscientização para registro de imóvel
Qualquer pessoa que viva em um assentamento, condomínio, uma casa ou em um simples lote de terra tem direito de ter...