NOTÍCIAS
14 DE SETEMBRO DE 2023
Especialistas detalham técnica de pesquisa para levantamento de opinião coletiva
O uso da técnica do grupo focal em pesquisas qualitativas em direito foi o assunto do seminário “Como fazer Pesquisas Empíricas Aplicadas a Políticas Judiciárias” da última terça-feira (12/9). O evento, promovido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ), contou com a participação da advogada, antropóloga e professora Bruna Angotti, uma das autoras do livro publicado pela editora Unesp, “Dar à luz na sombra: exercício da maternidade na prisão”.
A publicação foi elaborada com o apoio de grupos focais feitos com presidiárias e abordou temas como amamentação, prisão domiciliar, guarda, assistência médica, jurídica, alimentação, convivência familiar e condições de higiene. “Em 2018, o livro acabou contribuindo efetivamente para a concessão da liberdade/prisão domiciliar de centenas de outras mulheres presas”, relembrou.
A palestrante detalhou o uso da técnica, que é utilizada não apenas em pesquisas acadêmicas, mas pelo marketing, na comunicação, na psicologia, na gestão pública e privada nas ciências sociais, aplicadas ou não. “A função principal do grupo focal é apreender percepções, opiniões, conceitos, preconceitos, valores e sentimento frente a um tema determinado em um ambiente de interação”, detalhou.
Bruna falou ainda sobre a importância da escolha do mediador, que precisa ter bom conhecimento do tema pesquisado, assim como os integrantes do grupo de pesquisa. Ela salientou que na utilização desse tipo de ferramenta, o que interessa não é a opinião individual. “O que se busca é a opinião do coletivo sobre determinado assunto e é preciso ter apoio de uma relatoria”, ensinou.
A pesquisadora sugeriu a realização de grupo focal a partir dos dados levantados com o 2º Censo do Poder Judiciário. “Podem ser colocadas questões sobre como desenvolver políticas públicas para uma maior equidade de gênero e racial no Poder Judiciário”, exemplificou a especialista.
Seminário
Os seminários promovidos pelo DPJ objetivam explicar os fundamentos da pesquisa empírica, como produzir dados, como analisá-los, entre outras etapas relevantes do processo de construção de pesquisa empírica aplicada ao direito. Por meio da Resolução n. 462/2022, o Conselho instituiu a rede de pesquisas judiciárias e criou grupos de pesquisas judiciárias (GPJ) nos órgãos do Poder Judiciário. A intenção é promover a capacitação e difundir os fundamentos da pesquisa empírica sobre a produção de dados, sua análise e demais etapas do processo de construção do estudo.
Reveja o evento no canal do CNJ no YouTube
Texto: Margareth Lourenço
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post Especialistas detalham técnica de pesquisa para levantamento de opinião coletiva appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
17 DE OUTUBRO DE 2023
À frente do CNJ, ministro Barroso buscará eficiência da Justiça e promoção dos direitos humanos
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto...
Portal CNJ
17 DE OUTUBRO DE 2023
CNJ aprova resolução que garante equiparação entre direitos e deveres de juízes e integrantes do MP
Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou na sessão desta terça-feira (17/10) uma resolução...
Portal CNJ
17 DE OUTUBRO DE 2023
Pacto Nacional avança e insere pauta dos direitos humanos no dia a dia dos magistrados
O Pacto Nacional do Judiciário pelos Direitos Humanos, em vigor desde março de 2022, idealizado pela Unidade de...
Portal CNJ
17 DE OUTUBRO DE 2023
I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário recebe inscrições
Estão abertas as inscrições para o I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário, que vai reconhecer o...
Portal CNJ
17 DE OUTUBRO DE 2023
Justiça do Trabalho de Campinas promove debate sobre escuta qualificada de vítimas de tráfico de pessoas
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região promoveu, na última semana, a Oficina...