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29 DE JUNHO DE 2023
Boas práticas: tribunal mineiro retira das ruas mais de 50 toneladas de papel nas eleições
Mais de 50 toneladas de papel em propaganda eleitoral foram retiradas das ruas de 47 cidades mineiras durante as eleições de 2022 graças à campanha “Eleições Sustentáveis”, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A experiência, que envolveu 50 cooperativas de reciclagem mineiras, foi apresentada nesta quarta-feira (28/6) durante o evento “Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário”, transmitido pelo canal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no YouTube.
De acordo com a chefe da Seção de Gestão Sustentável e Inovação do TRE-MG, Karina Marcos Bedran Pinheiro, o projeto, que resultou em 11 toneladas a menos de papel nas ruas em 2018, ano em que teve início, alcançou 28 toneladas em 2020 e 55 toneladas na última eleição.
A juíza auxiliar da Presidência do CNJ Lívia Cristina Marques Peres chamou a atenção para o aspecto social do projeto, além dos benefícios ao meio ambiente: “O trabalho do tribunal tem efeito que repercute na vida das pessoas, nas cooperativas, que vai gerar renda. Vivendo em uma sociedade tão desigual como a nossa, essa prática é muito bem-vinda”, destacou ela.
“O portal CNJ de Boas Práticas é um ambiente virtual para divulgação e práticas de sucesso permitindo que sejam replicadas e possam servir de modelo para os órgãos que compõem o Poder Judiciário”, lembrou o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, o juiz Ricardo Fioreze.
Inovação em Segurança
Na 2.ª edição do evento, outras duas boas práticas no eixo temático “Sustentabilidade e Meio Ambiente” foram apresentadas. O diretor da Secretaria de Segurança Institucional do Tribunal Regional do Trabalho da 4.ª Região, João Luiz Peixoto da Silva, apresentou o projeto “Monitoramento de frotas para otimização de recursos e segurança”, que nasceu em 2014 após a ocorrência de três assaltos a carros da frota no período de um ano na região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo ele, a saída encontrada foi a instalação do software Central de Monitoramento Integrada, da empresa Tecnologia GPS, o mesmo utilizado pelo Exército brasileiro no Haiti. Por meio do software, é possível saber qual é o veículo mais próximo para a realização do traslado de desembargadores e de serviço, gerando economia para o tribunal e menor consumo de combustível. “Cada veículo que tiramos da rua reduz a emissão de gases”, comentou.
O conselheiro do CNJ Giovanni Olsson, que moderou o debate, ressaltou que a prática, além de promover a sustentabilidade e a eficiência ao reduzir o consumo e a despesa, proporciona segurança para os servidores e magistrados, o que agrega valor à instituição. “É uma instituição que valoriza o que é mais importante: as pessoas”, elogiou o conselheiro que preside a Comissão de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do CNJ.
Carbono Neutro
Outra boa prática foi apresentada pelo Chefe da Divisão de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Francisco Henrique Mendonça Nina Cabral, que apresentou o Programa Carbono Neutro, da corte trabalhista.
De acordo com ele, o primeiro passo do projeto foi realizar o inventário dos gases de efeito estufa que o órgão emitiu durante suas operações, utilizando protocolos reconhecidos internacionalmente. Este inventário tem três escopos, abrangendo o que o órgão impacta diretamente, o que ele mensura em forma de energia elétrica e emissões indiretas, aquelas sobre as quais a instituição não tem controle, mas só existem em razão das operações do órgão.
Em linha com a Resolução n. 400/2021 do CNJ, que dispõe sobre a política de sustentabilidade no âmbito do Poder Judiciário, o TST elabora anualmente um plano de compensação. “A cada ano fazemos inventário, qualificação das emissões com relatório e plano de compensação”, explicou.
O compartilhamento de boas práticas continua, além dos eventos promovidos pelo Departamento de Gestão Estratégica, encontram-se permanentemente catalogadas como Práticas de Sucesso no Portal CNJ de Boas Práticas do Conselho Nacional de Justiça. “A 3ª edição do Disseminando está prevista para dia 26 de julho, e serão apresentadas práticas do eixo Gestão de Pessoas”, garantiu o secretário especial do CNJ.
Texto: Mariana Mainenti
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias
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